Lygia e Clarice — as superfícies das águas

A proposta é uma conversa em duas sessões para pensarmos sobre uma possível aproximação entre a obra de Lygia Clark, em especial seu romance Meu doce rio, e o romance Água-viva, de Clarice Lispector. A partir da crença, mais que crença, uma aposta de que a literatura é uma força criadora de mundos, vamos ler esses dois gestos artísticos. Caminhando pelos mundos criados por Lygia e Clarice, pensaremos em quais corpos são produzidos e produzem essa escrita, esse ato. Duas formas, a meu ver, de escrita úmida, feita de charcos, rios, lagos e mucosas. A ideia é tentar fazer ver esse modo de escrita, mais do que defini-lo, percebendo suas semelhanças e diferenças que constituem essa “umidade”, esse fluxo de águas correntes. Deixaremos suas águas habitarem dentro das mesmas margens, sem se misturarem de todo.

Quartas-feiras, das 19h às 21h.

Sessão 1: 14/05
Caminhando, a torção de Lygia Clark

Sessão 2: 21/05
O instante já de Clarice Lispector